A intuição é compreendida,
por alguns estudiosos da mente, como a melhor resposta imediata do cérebro a um
conjunto de estímulos externos. Ou seja, o cérebro, ao se deparar com
determinada situação, emite imediatamente uma avaliação dela. Essa ação, com
origens evolutivas, objetiva reconhecer algum perigo ou ameaça imediata à vida.
Funciona basicamente
assim: o cérebro capta os estímulos externos que estão disponíveis no cenário a
ser analisado e busca em seus conteúdos as referências para produzir uma
resposta imediata e mais acertada acerca do nível de ameaça que representa.
O interessante é que
esse processo é extremamente rápido e, muitas vezes, fornece a melhor resposta.
Isso acontece porque as referências utilizadas para as análises são quase todas
inconscientes, baseadas na história da pessoa, na cultura, em todas as
informações que o cérebro já captou e acumulou, e também nos instintos da espécie
humana.
Outro dado
interessante é que, apesar de haver interferência emocional na construção dos
conteúdos da nossa história ao longo de nossa vida, há pouca interferência emocional
na resposta imediata do cérebro ao cenário ou situação analisada. É como se não
desse tempo para o cérebro ser contaminado por maiores racionalizações ou
afetos. Ou seja, a resposta dada seria a melhor resposta inicial ao problema ou
questão enfrentada.
Assim, o que chamamos
intuição, é a melhor resposta para garantir nossa vida.
Sabendo disso, agora,
você pode dar maior atenção à sua intuição.
Geralmente ela
responde a questões simples, como: essa pessoa pode me fazer mal? Essa pessoa
pode representar uma ameaça para mim? Essa pessoa é confiável? Dou conta dessa
tarefa? Essa situação é boa ou ruim para mim?
Ouvir a intuição, e
tirar proveito dela, não é algo que se consiga fazer imediatamente. É necessário
treino.
É preciso que você
comece a identificar a primeira intuição ou impressão. Isso porque a cada
minuto seguinte, o cérebro elabora as informações, resignifica, adiciona
elementos e começa a incluir afetos e informações periféricas. Ou seja, já
deixa de emitir a melhor resposta imediata.
Comece a ouvir a sua
intuição e a tirar proveito dela.
Trata-se de uma
grande vantagem evolutiva que, apesar de preterida, nos ajuda até hoje.
São suas respostas mais
suas, vindas do seu eu mais desconhecido pra você.