As pessoas andam
buscando quem são verdadeiramente. Como se o próprio fato de estarem no mundo
não fosse suficiente para se reconhecerem.
Não. Você não vai
encontrar quem você realmente é.
Não vai reconhecer seu
verdadeiro eu.
Você não tem um eu escondido
ou profundo que precisa acessar.
Você não tem que se
buscar em você mesm@.
O eu por trás dessa
lógica não existe por um motivo muito simples e bonito e confuso: você é vários
eus.
Você é constituíd@
por vári@s você. Você é impressionantemente contraditóri@.
Você se adapta aos
contextos, aos cenários.
Você escolhe seus
discursos como escolhe suas roupas para ir a determinado lugar.
Você experimenta
sentimentos contraditórios.
Você é reacionário
para algumas coisas e revolucionário para outras. Não se envergonhe disso.
Você vive buscando
justificativas para essas incoerências.
Aceite que você é
muito imaturo para algumas coisas, mas, para outras, experiente e sábio.
Você é criança e
adulto. Você ama e sente ódio. Você é bom e é mau.
Pare de brigar com
isso. Pare de se culpar pelas suas inconsistências.
Você é humano. É da
sua natureza possuir eus em camadas; eus superpostos, eus conversando, eus
brigando.
Faça as pazes com
você.
Faça as pazes com
todas as pessoas que habitam você.
Agora, faça as contas e realize porque
é tão difícil compreender o outro...
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