A convivência não é fácil. Exige
reconhecer e aceitar a diferença. Exige observar para compreender. Pede para
ser compreendida também. Demanda compaixão, empatia e generosidade. Compartir,
ou compartilhar, exige uma boa dose de amor – daquele amor que mantem nossa
espécie seguindo.
Olhar o outro, com seus cheiros,
suas manias, suas fragilidades e forças, nos permite sentir a essência do ser
humano. O quanto somos, todos nós, frágeis em nossa natureza e em nossa
intimidade.
Compartilhar espaços, casas,
trabalho, ideias, pede um pouco de coragem também. Para tentar se reconhecer no
outro. Para lembrar que todos possuem uma história, a qual nem sempre
conhecemos.
Quando aceitamos que o outro
possui justificativas para ser o que é, possui uma história que o trouxe até aqui,
é um humano, tão forte e tão frágil quanto nós, os espaços vão ficando mais
confortáveis e amplos, bons para se compartilhar. Trocar experiências,
experimentar rotinas diferentes, ver o mundo com outras lentes: entre tantas
outras riquezas, é o que permite o compartir!
Compartilhar não é se fundir.
Compartilhar é conviver.
Bora compartir!
(para os amigos generosos de Conil de la Frontera)