sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Quando um só não está interessado

Pessoas começam a se conhecer e expectativas são criadas dos dois lados. Mas, algumas vezes, uma das pessoas não possui expectativa alguma.
É triste, mas pode acontecer.
Se essa pessoa não possuir um tremendo mau caráter, provavelmente, em algum momento, principalmente quando perceber que a outra está interessada, vai expressar sua indisponibilidade para um relacionamento mais sério.
Como?
Quando diz que não está preparada para se relacionar.
Quando diz que está confusa e não sabe bem o que quer no momento.
Quando planeja longas viagens sem incluir a outra pessoa.
Quando não apresenta para familiares ou amigos depois de já se conhecerem há um bom tempo.
Quando diz que se fosse namorar com alguém, seria com aquela pessoa.
Quando diz com todas as letras que não quer um relacionamento sério.
Essas, entre outras falas, muitas vezes são ignoradas pela pessoa que as ouve, numa esperança de que, com o tempo, tudo vá mudar.
A verdade é que dificilmente muda. 
Observe as ações e as palavras do outro como se fossem um sinal de trânsito. Acredite na luz amarela.
Ela pode lhe salvar de um grande acidente emocional.
Parar na luz amarela pode dar a impressão de que se vai perder tempo, de que se vai chegar atrasado na festa ou de que se vai perder algo importante.

Mas, olhando por outra perspectiva, parar pode significar a possibilidade de virar na próxima esquina e recomeçar. Seguir, pode representar um fim mais dramático...

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Recomeçar

Todo o dia é um recomeço. Já se escreveu muito sobre isso. Quando um novo chefe aparece, abre-se um espaço para um recomeço. Quando um amor termina, abre-se uma porta para um recomeço. Também quando um curso termina. E uma caixa de biscoitos. E uma vida.

O que poucos falam é que o recomeço não é uma tela em branco. Não se parte do zero.
É mais como aquela parede que vai sendo pintada, camada por cima de camada, sem nunca ser lixada. É mais como uma pintura feita sobre outra pintura.

Criamos expectativas. De acontecer o melhor. Criamos, também, os medos do pior. E vamos, com essas tintas, iniciando algo sobre a velha tela. Com o tempo, os traços vão se repetindo, os temas, o jeito de segurar os pincéis, de pegar a tinta. A mesma pressão sobre a tela.

Há quase preguiça de se recomeçar, porque quase já se sabe o resultado da empreitada.

Mas, então, um belo dia, sentimos que a tela usada já não nos serve mais. Que os pinceis precisam ser trocados, assim como a palheta – quase o pintor.
Que se deseja uma tela em branco!

Abre-se a porta, sai-se ao sol, entra-se na loja, compra-se um novo mundo.
Esse mundo novo é maravilhoso, mas tem um prazo.
Enquanto não se esgota, divirta-se!

(e não demore demais para trocar a tela da próxima vez)