Não raro nos
deparamos com aqueles momentos no caminho da vida em relação aos quais não
temos certeza. Pensamos por um lado, avaliamos por outro, mas nada parece ser
suficiente para apontar o caminho a seguir, a melhor opção ou a decisão a
tomar.
Conversamos com amigos,
buscamos inspiração até no que é místico, mas não é suficiente para acalmar o
espírito, que está agora muito inquieto.
Então o que fazer
nestes momentos?
Pode parecer
estranho, mas anos de contato com pessoas, com todo o tipo de problema ou de
dúvida, me mostraram que os problemas têm vida. Geralmente quem os mantêm vivos
são as próprias pessoas.
Excluindo as
situações que envolvam risco de morte, todas as outras podem esperar ao menos
mais um dia. Todas elas perderiam boa parte da sua dramaticidade se perdessem
um pouco de público.
Pare e faça perguntas
ao problema: quem se beneficia deste problema? Se o pior acontecer, ele vai
acontecer amanhã? Se o pior não acontecer, o que eu farei depois disso?
Não se preocupe com
esta parada: ela é ilusória. Enquanto você aparentemente para para conversar
com o problema todo o universo está se mexendo. Todas as suas células estão se
regenerando, suas veias pulsando. Coisas inimagináveis estão acontecendo no
mundo e elas podem, direta ou indiretamente, paulatinamente ou imediatamente,
impactar o seu problema e mudar o rumo das coisas.
O importante é que
você, após esta ligeira conversa, após esta aparente pausa, mude o foco. Faça
qualquer outra coisa para se afastar do problema ou questão que lhe aflige.
Preste atenção em outra coisa. Olhe para outro aspecto da vida. Faça coisas
diferentes.
Quando você faz isso,
dá espaço para que sua intuição volte a funcionar. Dá espaço para que o próprio
movimento da vida mude as coisas.
Tire este fardo das
costas agora.
As vezes a solução
está em deixar que o movimento da vida mude o rumo das coisas.